Ter uma vida mais leve é questão de escolha. Com pequenas atitudes e mudanças de pensamento, é possível transformar aquilo que serve apenas para fazer peso na nossa vida em fonte de alegria e satisfação. No começo, pode parecer difícil porque nos condicionamos a viver de certa maneira, mas existem algumas escolhas que você pode fazer agora mesmo para começar a viver com mais leveza e felicidade.
Identifique a diferença entre dois estilos de vida
Vou utilizar uma metáfora para ficar mais fácil de entender. Imagine que alguém se propõe a subir no monte Everest e ela fica o tempo todo pensando que deve chegar lá, o tempo todo. Vou chamar esse comportamento de ação de obrigada. Essa pessoa se sentirá obrigada a chegar ao topo do monte. E cada vez que ela agir ela vai medir o quanto falta para ele chegar lá. Isso significa que ele carrega o monte Everest nas costas e isso pode gerar um desconforto na pessoa e, simplesmente, sucumbir diante da jornada.
Viver sob a linha da retação isso não acontece. O sujeito se propõe a subir no monte Everest e é como se tivesse uma bandeira no topo que serve como direcionamento, um norte, um sentido. Cada passo que a pessoa dá, ela conseguirá curtir o momento, conseguirá fazer pausas para descanso e apreciar cada momento da vida na medida em que escala. O indivíduo adquire felicidade no presente e felicidade no futuro. Essa forma de agir chamarei de ação desperta. Ou seja, o indivíduo está presente no momento presente, o tempo todo desperto. Sabendo que a cada momento ele pode curtir a vida. Isso é possível estabelecer como alcançar uma meta.
Como observar isso no dia a dia?
Temos determinados comportamentos por conta de nossa cultura, de como vivemos e aprendemos ser o que somos desde muito pequenos. Na escola, por exemplo, nós deveríamos ter o prazer de aprender, mas o que acontece é que a gente entra na escola e é obrigado a tirar nota para passar. Então, o esforço é para tirar nota e não para aprender. Aí você sofre o tempo todo correndo atrás de nota e não aprendizado. Quando você tira nota você tem um alívio e comemora, só que em seguida tem uma segunda nota e o sofrimento volta. Essa é uma ação repetitiva, um padrão de educação cultural nossa que nos faz sofrer o tempo todo. Aí, quando o indivíduo tem um momento de alívio ele quer esbaldar e nisso perde o foco.
Se, desde pequenos, vivêssemos sob a linha da retação o processo de educação seria outro. Quando crianças seríamos estimulados pelo prazer de aprender. Seríamos avaliados pelo nível de aprendizado, pelo conhecimento adquirido e não com uma prova para saber se somos ou não capazes de superar o estresse de um teste, por exemplo. Veja, se a criança puder curtir cada momento no momento de aprendizado ela, com certeza, aprenderia muito mais e teria prazer na vida. Isso a motivaria a não apenas concluir seus estudos, mas ir além. Formaríamos um ser humano muito mais completo, mais rico, mas certo de si em sua vida profissional e pessoal. Deveríamos incentivar a criança a ter prazer no aprendizado, a curtir cada momento na sala de aula e não levar o peso do mundo nas costas.
Na vida cotidiana não é diferente. Não precisamos carregar o mundo nas costas e a escolha é nossa. Seja no lado pessoal ou profissional. Precisamos adquirir prazer na vida. Ter em mente que, nossos sonhos e nossas metas são objetivos a serem alcançados. Assim, teremos um norte a ser vivido e não um martírio. Assim, podemos levar uma vida muito mais leve e feliz, curtindo os pequenos momentos de nossa história.