Um estudo da Associação Americana de Psicologia mostrou que um ano após as eleições de 2016 nos Estados Unidos, as pessoas estavam menos estressadas do que durante a época do pleito. O estudo também apontou que na campanha, muitos norte-americanos estavam mais nervosos e ansiosos com o futuro do país. Corta para o Brasil de 2018. Um estudo da Associação Americana de Psicologia mostrou que um ano após as eleições de 2016 nos Estados Unidos, as pessoas estavam menos estressadas do que durante a época do pleito. O estudo também apontou que na campanha, muitos norte-americanos estavam mais nervosos e ansiosos com o futuro do país. Corta para o Brasil de 2018.
Este ano, diversos jornalistas e cientistas políticos que acompanham eleições há décadas disseram que nosso pleito eleitoral foi atípico por diversos fatores. A polarização trouxe muita dúvida, informações falsas e principalmente raiva, ressentimento e discurso de ódio dos dois lados.
Pesquisas já apontaram o brasileiro é mais estressado que boa parte do mundo globalizado. E de acordo com dados recentes do Ministério da Previdência, nos últimos dez anos o número de auxílio-doença acidentário concedido por conta de estresse no trabalho, ansiedade e depressão aumentou quase vinte vezes. Passado esse momento de tensão em que o povo brasileiro viveu é hora de voltar a rotina.
Toda reconciliação requer esforço de ambos os lados.
Mas precisamos ter claro alguns pontos sobre o assunto. Primeiramente, precisamos perceber que nossa formação política é muito deficitária. Política partidária é algo que muitas vezes passa à margem do nosso dia a dia e só nos manifestamos nas eleições. E mesmo as ideologias partidárias estão muito distorcidas. O que vemos em boa parte dos casos (e não em todos), é que houve uma mistura grande entre ideologia e busca pelo poder.
Outro ponto a considerar é que, na era da informação, as pessoas acham que precisam ter uma opinião pronta sobre absolutamente tudo. Ou você se identifica com A ou com B. Se você está no meio termo e sua opinião transita entre A, B ou até C, você pode ser malvisto pelos dois grupos.
Para muita gente, as decisões tomadas por políticos podem não influenciar diretamente sua vida e o seu dia a dia, mas, para outras, qualquer sinal de mudança pode colocar em xeque seus interesses e os de suas comunidades. A paixão partidária – em alguns casos – sai do controle e as pessoas acabam se excedendo. Isso pode acontecer na família, no ambiente de trabalho, na academia ou até mesmo no bar com os amigos. As diferenças existem e estão aí para sustentar nosso sistema. Diferentes ideias e ideais colaboram para que todos sejam contemplados, seja no sistema político, seja na sociedade de forma geral.
Infelizmente, nos últimos anos, nós brasileiros começamos a levar as divergências de ideias para o lado pessoal. E isso vem culminando com casos de ofensas, agressões verbais e até de violência física. Procurar o diálogo e tentar entender o interlocutor é um exercício que requer prática e conhecimento de si. É fundamental saber que suas convicções, não precisam necessariamente ser a dos outros.
Agora que as eleições passaram e as festas de final de ano se aproximam, o que fazer para me reconciliar com os parentes e amigos? Se você brigou com seu pai, mãe, irmão ou aquele parente que você não tem tanto contato e só encontra nas festas de final de ano, nós separamos algumas dicas para você!
1) Reconheça que você pode ter sido um pouco grosseiro com o interlocutor que pensa o contrário que você. Tenha em mente que ele é uma pessoa que nem sempre teve as mesmas experiências que as suas e que diferentes pontos de vista podem ser complementares.
2) Faça o exercício da empatia e procure não identificar o outro como inimigo. Quando estamos com raiva ou frustrados procuramos sempre identificar os “culpados” pelos nossos sentimentos.
3) Verifique se não existe um outro problema, uma desavença passada mal resolvida por trás desse conflito político. Podemos fazer isso até mesmo de forma inconsciente e ficamos sem perceber que o problema maior está camuflado.
4) Se realmente quiser compreender o ponto de vista do outro, procure conversar em um tom ameno e com a curiosidade genuína para entender as razões que fundamentam essa opinião diferente da sua. Mas só faça isso se tiver o interesse real em saber o que passa na mente do outro.
5) Se for pedir desculpas, lembre-se que a outra pessoa não precisa necessariamente se desculpar também e nem aceitar suas desculpas. O importante é ter a consciência que você deu o primeiro passo.
6) E o mais importante é desculpar a si mesmo por ter se envolvido nesse conflito. Carregar mágoas e ressentimentos, é como tomar veneno e achar que o outro irá morrer envenenado…
Aproveite as festas de final de ano, faça as pazes e comece 2019 com muita energia positiva e disposição!