A transformação pelo amor

Desde o momento que nascemos vamos passando por transformações, evoluções, revoluções e momentos de calmaria.

Em minha vida, ao longo dos últimos 25 anos, venho estudando sobre autoconhecimento, autoconsciência e participando do processo de desenvolvimento de uma metodologia para ressignificação de traumas psicológicos, traumas físicos, padrões familiares e crenças limitantes.

E nos últimos 10 anos venho atuando de forma mais efetiva no processo de transformação de milhares de pessoas.

E nessa jornada nos deparamos com uma gama enorme de histórias.

Todas elas com um mesmo padrão. São histórias de superação. Histórias de amor.

Não que sejam histórias românticas, e nem com finais felizes como nos filmes da TV. Algumas sim foram. Mas não todas.

Em alguns casos o desfecho foi uma vitória. Em outros uma retumbante derrota. Mas mesmo assim foram historias de amor. Histórias de superação.

Digo isso com toda a convicção, porque uma qualidade eu venho desenvolvendo ao longo desses anos todos. E essa qualidade é a de identificar, perceber padrões.

E como isso me ajuda? Simples. Quando identificamos um padrão de comportamento, podemos investigar onde esse padrão surgiu. Quais os ganhos diretos e indiretos desse padrão. E ao identificar isso, desvendamos as reais motivações de QUALQUER COMPORTAMENTO.

E é curioso perceber que mesmo por trás de histórias dramáticas e catastróficas, ainda assim existe na essência amor.

Esse amor, muitas vezes é encoberto pela dor, rancor, mau humor, entre outros sentimentos que podemos chamar inicialmente de limitantes. Mas por trás sempre existe um amor. Ou a falta dele.

Essa percepção nos levou a criar um método de transformação bastante elevado, que na essência se constitui da ativação desse núcleo de amor existente na pessoa.

Inicialmente amor por si próprio, para a partir daí, poder amar o outro.

Pode parecer na superfície uma conversa com tom místico ou religioso, mas indo um pouco mais a fundo temos uma série de técnicas, conceitos, pesquisas realizadas, que dão suporte de uma forma mais profunda ao que vamos explicar nos próximos capítulos.

O misticismo e a religiosidade também tem em sua essência um núcleo de amor. Então também podemos incluir nessa metodologia.

E antes de explicar como funciona esse método, é importante alinharmos antes alguns conceitos que vão nos ajudar a compreender melhor tudo isso.

Em primeiro lugar, quando falamos de amor, o sentido aqui é o mais amplo possível. Quantas formas de expressão do amor você conhece?

Consegue enumerar?

Carinho, cuidado, afeto, preocupação, são algumas. Mas o que dizer da raiva, da tristeza, do ódio, da depressão, da ansiedade? Também são formas de expressão de amor?

Tudo depende do contexto e do ponto de vista que levamos em consideração. E isso é de extrema importância. Observar elementos, detalhes do contexto nos ajuda a compreender melhor algumas motivações, e dessa forma enxergar onde está expresso o amor.

Obviamente, se uma pessoa tem ódio da outra, na superfície dessa relação parece não existir amor. Mas vamos olhar um pouco mais a fundo… O que pode ter gerado essa animosidade? Essa relação de ódio? Talvez um amor não correspondido, como vemos em muitos casos de crimes passionais? Um ato praticado para defender alguém que acabou ferindo o outro? Um posicionamento ideológico (amor por uma ideia) que é diametralmente oposto ao posicionamento do outro?

Percebe que mesmo em casos de ódio, existe na raiz um núcleo de amor?

Quando me dei conta desse padrão, isso me fez pensar, refletir. Porque quando temos ódio de alguém, tentamos destruir o outro, como se isso fosse resolver o problema. Mas o que acontece na realidade é que, até podemos destruir o outro, mas continuaremos carregando essa pessoa em nossa mente quer seja em forma de culpa, ressentimento, remorso, arrependimento ou simplesmente na nossa memória.

Outra forma aparentemente estranha de amor é a chamada Síndrome de Estocolmo, na qual um prisioneiro acaba desenvolvendo uma relação de afeto com o seu algoz. E é curioso tentar descobrir, como em um caso desses surge o amor… Experimente. Como é que uma vítima pode gostar de seu agressor? Parece estranho, não é? Mas no fundo existe uma razão.

Demorei um tempão para descobrir esse padrão. Que em todas as histórias que observei, sempre existe um núcleo de amor. E esse amor é que pode transformar nosso mundo interno e também o mundo ao nosso redor.

 

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