Entre o otimismo e o pessimismo, fique com o discernimento

Quando pensamos em uma pessoa pessimista logo vem à mente àquela que costuma ter um semblante mais franzido, que sempre reclama da vida e pensa muito negativo. Também é verdade que aprendemos desde sempre que devemos “pensar positivo”, que pensar em coisas boas atraem bons resultados. Mas será que pensar positivo resolve tudo? E reclamar?

Pensar positivo e não agir, não gera movimento. Por outro lado, só ficar lamentando ou criticando gera um ambiente desagradável ao redor e fomenta a reatividade.

Percebo hoje que muitas pessoas sofrem por antecipação. Ficamos horas imaginando como será uma situação que só vai ocorrer daqui a alguns dias ou meses e com isso gastamos muita energia mental. Pensar muito em coisas que estão fora do nosso alcance é inútil!

Por outro lado, as redes sociais são uma grande praça em que aparecem pessoas com frases otimistas prontas. Mas, às vezes, não dá apenas para resolver as adversidades da vida com otimismo.

Então acredito que não devemos ser pessoas negativas tomada pelo pensamento que leva para baixo. No entanto olhar para a realidade, como ela se apresenta pode nos ajudar a superar os momentos difíceis. Pensar até mesmo no que pode vir a dar errado, de forma racional, nos ajuda a ver mais de uma saída – caso exista de fato um problema.

Se o otimismo por si só não resolve, e nem o pessimismo, o que fazer? Como resolver? A resposta é DISCERNIMENTO.

Confira abaixo algumas dicas para decidir e agir com discernimento.

1 – Crie um cenário de catástrofe. Quando pensamos no pior que pode nos acontecer numa determinada situação, percebemos que o “pior” dificilmente é algo irremediável, e se estivermos preparados para o pior, estamos preparados para qualquer cenário.

2 – Esclareça suas dúvidas. Quando temos uma dúvida, nossa mente fica “presa” nesta questão, e gastamos uma energia enorme tentando resolver sozinhos. Buscar informação com outras pessoas, leituras, cursos ajuda a ter novas ideias para resolver o problema.

3 – Motivação nem sempre é necessário! Para os gurus da autoajuda, a motivação é fundamental. Não é bem assim. Sentir-se motivado é bom, mas podemos realizar tarefas mesmo se estivermos tristes ou com medo. Aliás, a melhor definição de coragem é agir apesar do medo. Se sentindo motivado ou não, aja!

4 – Pondere a importância de suas metas. Os livros de autoajuda dirão que você precisa de metas claras, mas focar só nisso pode gerar uma certa miopia. Concentrar-se loucamente num objetivo só pode fazer você ignorar coisas boas que aparecem no caminho. Mantenha o foco, e mantenha-se aberto.

5 – Sempre pode piorar. Por pior que seja a sua situação, observe que poderia ser ainda pior e que há pessoas que enfrentam obstáculos mais difíceis. Tendemos a olhar para cima, e ficar lamentando o que não temos, mas sempre é bom olhar a realidade sobre um panorama mais amplo para analisar alternativas viáveis.

6 – Pense positivo, mas não se engane. Existe uma falácia de que se você pensar positivo isso resolve tudo. A realidade é que pensar positivo é só uma parte do processo. Para solucionar os problemas, nós precisamos agir. E quando agimos com discernimento, o resultado tende a ser melhor. Mas nem o discernimento é a solução mágica para todos os problemas. O discernimento é algo que vai sendo construído a partir de uma observação clara e realista do momento presente, e quando temos o foco em encontrar soluções, direcionamos nossa energia para aquilo que é realmente importante. A partir daí agir de uma forma equilibrada traz resultados mais produtivos e muito aprendizado!