“Do que você se lembra ao ouvir aquela música que estava tocando em seu primeiro beijo?
Como você se sente ao perceber novamente o cheiro que tinha a casa durante a macarronada no domingo?
E o que vem à sua mente ao recordar da viagem para aquele lugar tão especial?
Essas lembranças, sensações e sentimentos que nascem ao recordarmos ou sentirmos de novo um estímulo externo são chamados de âncoras.
Como poderemos usar isso em nosso favor, uma vez que nem sempre as âncoras nos remetem a sentimentos de sensações agradáveis?
Como poderemos reviver as mesmas emoções em lugares geograficamente diferentes?
Eu diria que a chave está nas pessoas. Pessoas que amamos sempre nos trarão lembranças de momentos agradáveis, não importa exatamente onde estejam.
Lembre-se de um ente querido que já se foi ou que está muito longe…
A distância ou o lugar onde estamos não nos impede de rememorar momentos importantes e de extrema alegria e felicidade.
Podemos ancorar sensações e sentimentos em lugares, cheiros, músicas ou pessoas.
Podemos ancorar esses sentimentos, por incrível que pareça, em nós mesmos. Basta termos a consciência de que não importa onde estivermos, se nós nos conectarmos, poderemos trazer de volta toda aquela alegria e bem-estar.
Por outro lado, se um lugar ou uma experiência não foi agradável, talvez seja a hora de mudarmos de paradigma.
Um paradigma é uma ideia, norma e procedimentos que aceitamos como verdade absoluta.
Frases como: “Eu nunca gostei e nunca gostarei de jiló”, “As árvores têm sempre que ter o tronco marrom e as folhas verdes” e “Trocar o pneu de um carro dá muito trabalho” podem ser reconhecidas como paradigmas.
No entanto, as pessoas mais brilhantes que eu conheço e que de certa forma fizeram diferença no mundo em que vivemos foram aquelas que conseguiram mudar um paradigma.
“A Terra não é o centro do Universo como pensamos” disse Copérnico.
“O tempo é relativo”, disse Einstein.
Entre outros…
Mas, não é necessário ser um gênio para quebrar paradigmas.
Tentar algo que nunca foi feito ou criar uma forma nova de fazer a mesma coisa também podem ser consideradas como quebras de paradigmas.
E isso é fundamental em períodos de mudanças…
Pense comigo por um segundo:
Se, por exemplo, com o avanço da tecnologia nós não nos adaptássemos, estaríamos ainda hoje carregando um monte de fichas telefônicas no bolso e desesperados por um orelhão para fazer uma ligação no meio da rua.
Continuaríamos a usar máquinas de escrever e mimeógrafos nas escolas e escritórios (Nossa, alguém se lembra o que é mesmo um mimeógrafo?!).
Continuaríamos a ouvir música em Walkman, carregando pilhas alcalinas em nossos bolsos e uma mochila cheia de fitas K7.
Com o avanço e com o tempo as coisas mudam, e graças a Deus, nós também mudamos.
É preciso para isso quebrar alguns paradigmas e perceber que com essa nova realidade temos muito a ganhar, desde que entendamos como é que as coisas estão neste momento, deixando de lado por alguns instantes algumas ideias preconcebidas (Vocês vão me dizer que foi fácil se acostumar com aquele circulozinho que controla o iPod? Só para lembrar, na primeira vez que usei o meu, fiquei uns 5 minutos tentando descobrir como ligava e mais 10 tentando desligar aquela geringonça).
É isso aí, as mudanças geralmente vêm para melhor, desde que nos permitamos a usufruir das novas ideias com a curiosidade de uma criança e a inteligência de um adulto.
Um Grande abraço,
crédito imagens: Istock