Quando o medo se torna fobia?

Medo x Fobia

Para introduzir este tema, é necessário definir o que diferencia o medo de uma fobia. O medo é um sentimento instintivo do ser humano e de outros animais, que aparece em situações de risco eminente, e é fundamental para a sobrevivência. Essa sensação, quando controlada, pode livrar-nos de situações de perigo, fazendo com que o nosso corpo reaja e se prepare para lutar ou fugir.

Como exemplos, temos o impulso de expulsar um inseto potencialmente venenoso de nosso corpo quando sentimos sua presença; reagir a um latido mais furioso de um cão que poderia nos machucar; e até mesmo andar com cautela em uma rua escura e vazia.

Já a fobia é um medo muito intenso de algo – objeto, animal, situação –, independentemente desse elemento ser realmente perigoso ou não, desproporcional ao risco real, e que gera grande ansiedade e sofrimento.

Enquanto o medo nos faz reagir, a fobia age de maneira contrária: nos paralisa.

A fobia interfere na liberdade de escolha do indivíduo e potencializa os efeitos do medo sobre o cérebro. O coração acelera mais do que deveria, os músculos enrijecem de forma exagerada e a força física aumenta. Já a mente permanece alerta. Essa é a causa da extrema sensação de mal-estar causada pelas fobias.

Evolução do Medo

Quando temos muito medo de algo que acreditamos que possa acontecer em um futuro breve, tentamos nos antecipar a esse perigo, gerando o que chamamos de ansiedade. Ela vem acompanhada de alguns sintomas, como taquicardia, sudorese, tremores, mãos e pés frios entre outros.

A ansiedade por si só não é problema, mas se torna um quando permanecemos ansiosos o tempo todo, e sem uma causa real aparente. Esse estado de ansiedade predispõe ao aparecimento de fobias.

Um dos grandes problemas das fobias é que elas podem, muitas vezes, atrapalhar o convívio social e o desenvolvimento de algumas áreas da vida, como profissional, familiar e romântica.

Gatilhos para a Fobia

Muitas fobias começam na infância, quando certas situações não são bem resolvidas. Os gatilhos podem ser:

  • História traumatizante: ainda que seja apenas um relato de outra pessoa, ao ouvir uma história, recriamos em nossa mente aquilo que estamos ouvindo ou assistindo, e isso fica gravado na memória e pode ser a base para o desenvolvimento de uma fobia;
  • Associação: isso acontece quando se associa um evento com um perigo, mesmo que não tenha uma relação causal direta – por exemplo, uma criança que ouve um grito desesperado da mãe e ao mesmo tempo a vê correndo de uma barata – isso pode gerar a associação de barata com perigo extremo;
  • Experiência real: resultado de uma experiência negativa própria, como ser atacado por um animal, ficar preso em um lugar fechado etc.

Outros fatores como predisposição familiar, influência do ambiente e situação de vida também têm impacto no desenvolvimento de fobias. Além de identificar a privação da liberdade, reações mais sérias do corpo também servem como alerta contra o transtorno. Os sintomas vão de dor de barriga e enjoo até taquicardia e falta de ar.

Mais do que possível, o tratamento contra fobias é essencial. Uma das formas de fazer isso é  por meio uma transformação da memória dos fatos e histórias que são a origem desses transtornos; ou seja, ressignificar as lembranças e criar padrões. Essa abordagem gera uma ampla compreensão dos gatilhos que produzem as fobias e são super eficazes. O treinamento Leader Training, do Núcleo Ser, propõe uma nova forma de lidar com nossos medos, o que permite a resolução e superação desses transtornos para alcançar o seu potencial de autorrealização. Conheça mais sobre o treinamento clicando aqui.